[Bate-Papo Entre Autores] - Cláudia Lemes

  Hello meus lindos #bookmaníacos, como eu sempre digo, chegou a hora do quadro mais esperado na semana!

  O Bate-Papo Entre Autores de hoje será com a lindíssima Cláudia Lemes, autora da Trilogia Woodsons. Vamos conhecê-la um pouco mais?

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1- Fale sobre você:

Eu nasci em Santos, e morei em diversos lugares- Rio de Janeiro, Califórnia, Egito e mais tarde, São Paulo, de onde saí para morar na minha cidade natal, há menos de um ano. Foram tantas mudanças de ambiente e cultura que criaram em mim a curiosidade pelas pessoas: seus conflitos internos, contradições, e os relacionamentos que têm. E é dessa curiosidade que tiro material para meus livros. Cursei moda (antes disso estar na moda, há mais de 15 anos), mas nunca quis trabalhar nessa indústria. Sou professora de inglês, tradutora e intérprete há quase 20 anos também, mas escrever sempre, sempre foi minha paixão. Sou casada com minha alma gêmea e tenho dois filhos, Cauê, de 9 anos, e Morgana, de 5.

2 - Como e há quanto tempo surgiu a ideia de escrever um livro?

Escrevo histórias desde adolescente, sempre em inglês (meu português é horrível). Nunca foi ambição publicá-las, pelos meus próprios medos e complexos. Alguns anos atrás tirei A Trilogia Woodsons da gaveta (leia-se: dos arquivos) e reescrevi o livro inteiro. Foi a reação entusiasmada dos amigos que me fizeram arriscar, e oferecer a obra ao mundo. O segundo desafio foi traduzi-la.

3 - Pra você, o que significa escrever?

Escrever com certeza é minha fuga. Não é um “fugir” de uma realidade que não me agrada, de forma alguma. Amo minha vida. Mas é um fugir em outro sentido, é viver os mesmos medos e anseios e amores, e dúvidas, só que em outro lugar, em outro momento, com outras pessoas. Sou viciada no prazer que escrever me dá. Escrever significa tudo pra mim. Sempre me identifiquei com o papel do ator Geoffrey Rush, interpretando o Marquês de Sade, no filme Os Contos Proibidos do Marquês de Sade. Aquela pessoa que precisa escrever para ser, nem que seja com o próprio sangue, quando lhe tiram as penas.

4 - Fale sobre seu livro, gênero, sinopse:

Minha Trilogia conta a história de quatro gerações da mesma família, e como seus erros e pecados se repetem, de forma que as personagens acabam ficando presas numa teia de acontecimentos e sentimentos dos quais não conseguem fugir. É sobre relacionamentos familiares e amorosos/odiosos, é sobre segredos de cidades pequenas, é sobre sentimentos não convencionais que podemos ter pelas pessoas mais proibidas. O gênero é difícil rotular. Acima de tudo, Os Woodsons é um romance, mas, com certeza, tem tons fortíssimos de outros gêneros: policial, erótico, suspense.

5 - O que seu livro representa pra você como escritor (a)?

O livro é o primeiro que tenho coragem de desnudar. Significa maturidade minha para expor uma parte tão íntima e amada de mim, e torná-la acessível a todos, desde pessoas que o amarão até pessoas que não compreenderão a veia da história. Significa abrir mão do controle, sem dúvidas. Mas tudo isso é bom, e necessário.

6 - Que conselho daria pra quem quer começar a escrever agora?

Não tenho muita pretensão de aconselhar os outros, mas vejo alguns erros sendo cometidos por autores inexperientes, e entre eles está “forçar” a escrita. Acham que precisam de palavras rebuscadas e uma escrita excessivamente detalhada e cheia de existencialismo para escrever bem. Ou seja, não tem estilo próprio, não inventam sua escrita, todos querem ser Machado de Assis. E claro, os aconselharia a ler, ler, ler muito, e não apenas seus gêneros preferidos. Entrar numa livraria e comprar um livro cujo autor nunca ouviram falar. Ler sem parar.

Então é isso, gostaram? Espero que sim.

Para os interessados, em breve teremos

 a resenha do livro da Cláudia.

Estou lendo e amando! Beijinhos:*